Se lembram quando o inquérito policial que investigava a morte do jornalista Tim Lopes acabou por considerá-lo culpado de seu próprio homicídio?
O jornal turco Zaiman informa que o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos acusa o Governo da Dinamarca de agir de maneira irresponsável durante a crise das charges do profeta Maomé. O relatório também critica intelectuais e o diário dinamarquês Jyllands-Postem, o primeiro a publicar os desenhos do profeta, acusado de "islamofobia" e xenofobia".
As Nações Unidas dizem que o premiê Anders Fogh Rasmussen "não cumpriu sua obrigação" ao não demonstrar "sensibilidade com os muçulmanos insultados" e que a ONU deve a partir de agora lutar contra a "islamofobia".
Então vamos lá:
Sobre o devaneio da islamofobia, peço que leiam um post anterior, intitulado Existe perseguição contra muçulmanos?. Sobre o relatório, ou melhor sobre o Comissariado e as Nações Unidas, alguns comentários:
Primeiro: um Comissariado sobre direitos humanos que conta com a participação de China, Cuba, Zimbábue, Arábia Saudita e Paquistão e que já foi presidido por Argélia, Síria, Líbia e Vietnã não tem legitimidade pra tratar de briga da casal adolescente.
Segundo: Não é segredo pra ninguém que a ONU é o fórum mundial do politicamente correto e da esquerda determinada a mudar o mundo. Nada mais é do que uma tribuna para discursos anticapitalistas, antiamericanos e antisemitas, ao mesmo tempo tolerante com as mais perversas ditaduras. Isso quando não as aplaude, como na trágica cena em que o terrorista Arafat é aplaudido de pé, mesmo depois de um ultimato à comunidade internacional.
A ONU é um paraíso de burocratas que olham o mundo do alto de seus escritórios em Manhattan, tendo as expensas pagas pelo contribuinte. A ONU sofre do mal da esquerda mundial, o Complexo de Super-Homem, defendendo os fracos e oprimidos, vítimas da globalização e do capitalismo. Karl Marx faz escola. Mesmo que esses fracos e oprimidos sejam terroristas, ditadores ou genocidas.
Aliás, graças à ONU, sabemos que terrorismo, ditadura e genocídio são termos, uhn, negociáveis. O Hamas está na folha de pagamento da agência. A crise de Darfur, no Sudão, onde o governo, com o apoio de grupos árabes, está perseguindo a população não-árabe, com a utilização de estupros e assassinatos em massa e tortura, de acordo com a ONU, não é genocídio. Ainda que mais de 100 000 pessoas tenham sido mortas e 1 5000 000 tenham que migrar para outras regiões. Uns vão dizer que o descaso se deve porque os perseguidos são negros. Eu vou dizer que é também porque os perseguidores são árabes, e, portanto, vítimas da islamofobia.
E, como a ONU é esquerdista, também padece do mal da corrupção. Sim, acham que é privilégio da nossa esquerda? Tony Blair que os diga. Lá na Grã-Bretanha eles chamam de "depósitos não declarados". Mas voltando à ONU, não é só o escândalo do Petróleo por Comida, usado para comprar comida e remédios para iraquianos mas que foi usado por Saddam para comprar armas. A grande sacada é que um dos líderes da roubalheira é o filho de Kofi Annan.
Ele, claro, não sabia de nada.
Por ora, é só. Aqui tratei da ONU. Mais tarde vou tratar também do Islã.
Kyrie Elison.
Gilles Gomes de Araújo Ferreira
segunda-feira, 20 de março de 2006
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Um comentário:
Lamentavelmente análises como esta só são encontradas na mídia alternativa.
Somos uma democracia-de-pensamento-único, o que equivale dizer uma democracia-sem-idéias.
Parabéns!
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