No post anterior tratei da charlatanisse da ONU. Seus conceitos envenenados por uma ideologia demagógica e frívola, sua conduta baseada em valores questionáveis. Foquei minha atenção no relatório que acabou culpando os dinamarqueses pela crise das charges do profeta Maomé.
Quantas pessoas morreram nos tumultos que sempre ocorriam nas maniffestações anti-Ocidente? Quantas morreram quando foram às ruas protestar contra uma notícia da revista americana Newsweek que afirmou que em Guantánamo o Corão era jogado no vaso sanitário?No primeiro e no segundo caso, os culpados foram, respectivamente, Dinamarca e EUA.
E quantas pessoas morrem todos os anos pisoteadas em Meca, quando fazem a peregrinação à cidade sagrada e visitam a Caaba? Só esse ano foram 345. De quem é a culpa? Da Arábia Saudita? Os janjaweed já mataram 100 000 pessoas no Sudão e forçaram a migração de 1 500 000. De quem é a culpa? Do Sudão? Da religião muçulmana?
Quando George W. Bush se pronuncia contra o aborto, é duramente criticado por ser excessivamente religioso. Quantos artigos já foram escritos no Brasil colocando a "direita religiosa americana" como a responsável pelos males do mundo? Mas quando a religião é a pólvora do Oriente, a questão muda de sentido: não é culpa da religião Islâmica, acontece que algumas pessoas fazem uso dela politicamente. Afinal, o Islã é uma religião de paz...
Será que para a imprensa não é tão divertido colocar os fracos e oprimidos como personagens dos seus joguinhos desprezíveis de tribunal?
Agora mesmo acabo de ler que pode ser condenado à morte por se converter ao Cristianismo no Afeganistão. Cadê a ONU com o seu "respeito às religiões"? Cadê os pedidos por responsabilidade e compreensão com credos diferentes? Será isso só um engodo nos muitos usados para atacar os alvos fáceis do esquerdismo?
Outro exemplo: o vírus da gripe aviária chegou a Israel como um "castigo de Allah", porque são os"piores do mundo". Há alguns anos um jornal europeu criticou Israel por "abandonar um modelo de Estado democrata para se tornar uma teocracia". Seria melhor que essas pessoas considerassem um pouco mais antes de encher nossos olhos e ouvidos com mais uma de suas diarréias verbais.
Continuemos em Israel. A ONU e as ONGs de plantão à cata de vítimas apontaram seus dedos inquisidores contra a "Euroa xenófoba, conservadora, facista". Mas não se ouviu - e nem se vai ouvir - uma só palavra sobre os desenhos que grassam por entre a mídia árabe. Claro que não. Quando é com eles passa a ser "resistência". Delúbio Soares faz escola...
Gilles Gomes de Araújo Ferreira
terça-feira, 21 de março de 2006
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