"Posso não concordar com o que você diz, mas vou lutar até o fim para que você tenha o direito de fazê-lo"
Voltaire
Muçulmanos de uma cidadezinha no leste da França, na fronteira com a Suíça, Saint-Genis-Pouilly, querem a proibição de uma exibição da peça Fanatismo, ou Maomé o Profeta, escrita por um dos maiores nomes do Iluminismo em 1741.
"Essa peça... constitui um insulto à toda a comunidade muçulmana", diz uma carta enviada ao prefeito assinada por Said Akhrouf, francês de origem marroquina.
Não é a primeira vez que isso acontece. No começo dos anos 90 Herve Loichemol, diretor de teatro francês, quis encenar a peça para comemorar o trecentésimo aniversário do nascimento de Voltaire. A peça não foi apresentada, segundo autoridades genebrinas, por falta de recursos.
Na época, um ativista muçulmano acusou o diretor de "colocar mais um tijolo no edifício de ódio e rejeição em que os muçulmanos sentem que serão encarcerados".
Sobre essa "rejeição", publicarei um post adiante. Sobre as manifestações, um lamento. Como se já não fosse suficiente que os muçulmanos quisessem nos censurar no presente, agora também querem nos censurar no passado.
Gilles Gomes de Araújo Ferreira
quarta-feira, 8 de março de 2006
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