Europa x Islã Radical
por Francis Fukuyama
Alguns trechos do artigo de Francis Fukuyama publicado no site Slate. Você pode encontrar a versão completa em http://www.slate.com/id/2136964/ (em inglês).
"Para os EUA, com uma população de muçulmanos menor que 1% do total, o radicalismo islâmico é algo a ser tratado 'lá', em áreas do Oriente Médio tais como Paquistão e Arábia Saudita. Para a Europa, entretanto, é uma crise muito mais ameaçadora, uma vez que é doméstica. Na Holanda, entre 6% e 7% da população e a metade das populações de grandes cidades como Amsterdã ou Roterdã é muçulmana. Na França, o percentual atinge de 12% a 13%. Muitos dos organizadores dos recentes atentados terroristas se tornaram radicais não no Oriente Médio, mas na Europa Ocidental. Muitos, como os terroristas de 7 de julho em Londres, eram cidadãos da segunda geração, que falavam a língua de seus novos países de maneira fluente.
"A dimensão do problema da islamização da Europa está em discussão há algum tempo. (...) Mas até 18 meses atrás o nível de politicamente correto era tão forte que poucos políticos e jornalistas se atreviam a falar abertamente sobre um assunto capaz de gerar tanto medo entre as pessoas. (...) Muito antes dos tumultos do ano passado a agência de inteligência da França percebeu que haviam dúzias de comunidades aonde a polícia não queria entrar.
"As elites européias até então ignoraram a crescente ameaça à sua democracia enquanto culpavam os EUA e Israel pelos seus problemas. Os europeus são herdeiros da revolta de 1968, adotando políticas anti-establishment infantis que colocam a culpa de todos os problemas do mundo no capitalismo e na América, ainda que as juventudes muçulmanas ataquem judeus e gays em seus territórios. (...) Aqueles como Pim Fortuyn, o político gay holandês, o primeiro a dizer claramente que os muçulmanos eram uma ameaça aos valores holandeses de liberalismo e pluralism (e que foi assassinado por um ambientalista esquerdopata) são denunciados pela mídia e pelas elites acadêmicas como facistas e racistas."
Gilles Gomes de Araújo Ferreira
quarta-feira, 1 de março de 2006
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