Dois fatos recentes puderam validar uma tese que, ainda que verdadeira, era considerara alarmista: a falência do Estado. Não a falência pregada pelos deslumbrados com a internet que dizem que agora não há mais fronteiras. Me refiro à falência do Estado como instituição, incapaz de corresponder às resposabilidades a ele competentes. Não foi surpresa: há muito a estrutura estatal agoniza, vítima de uma cruel combinação de envenenamento ideológico, apadrinhamento de militantes e incompetência crônica.
O Brasil inteiro pôde acompanhar as agressões que o MST conduziu no interior do Brasil. Desde a sua fundação a choldra emessetista pregou que tinha como fim a "reforma agrária", aquela que Ernesto Guevara definiu como "a base de toda revolução", beneficiando-se da cantilena esquerdista de que os fins justificam os meios.
Esse seria, por si só, um argumento capaz de deslegitimá-lo como movimento. A reforma agrária é uma fraude sustentada às custas dos contribuintes em nome de uma revolução que nos levaria à ruína. China e União Soviética, depois de suas reformas agrárias, passaram a ser as maiores compradoras de grãos dos EUA, o grande satã capitalista. O Zimbábue, antes grande produtor e exportador de produtos agrícolas teve, depois de uma mistura triste de reforma agrária e cotas raciais, a nova moda que pulula nas línguas da esquerdopatia nacional. É um sistema inviável e contraprodutivo, não se pode comparar uma fazenda altamente industrializada com uma roça que não saiu do século XIX. Também fere o direito constitucional à propriedade, cuja defesa é um dos valores pregados por este blog.
Mas não vamos nos prender a isso. O que na verdade afronta o pagador de impostos é a ligação adulterina e espúria entre o MST e a choldra mafiosa que chefia o governo. Nunca foi segredo pra ninguém que PT e MST eram aliados consanguíneos, ambos destinados a promover uma sublevação socialista fantasiosa. No entanto, esse companheirismo deveria cessar a partir do instante em que o PT aderiu à realidade democrática, ao contrário dos baderneiros, que preferiram manter a linha demagógica e anti-democrática. Ao continuar a apoiar - e ainda pior, patrocinar - um movimento claramente totalitário, o PT levanta dúvidas sobre sua confiança nas regras do jogo democrático.
O MST é, antes de tudo, um grupelho terrorista, postura assumida pelo líder João Pedro Stédile. "A reforma agrária está vinculada a um projeto de sociedade. A proposta de reforma agrária do MST pressupõe um novo projeto político para o país". Terrorismo. Qualquer atitude violenta usada como forma de pressão visando um determinado objetivo é terrorismo. Mas para o governo, o MST é um "movimento revolucionário". Como as Farc.
O MST é imoral, não faz idéia do que seja reforma agrária. Ela já aconteceu no Brasil. Fernado Henrique (argh!) sozinho desperdiçou R$ 25 bilhões num projeto abjecto e aviltante. Premiou os fracassados do capitalismo e inquisidores dos bem-sucedidos com 18 milhões de hectares, metade da área da Alemanha. Isso para 2 milhões de brasileiros. Por um acaso esse devaneio maoísta produz metade do que a Alemanha produz? Ou pelo menos o que 2 milhões de alemães produzem? Evidente que não. Diante do fracasso, agora dizem que só reforma agrária não basta. Francamente.
E como se já não fosse suficiente, agora querem mudar os assentamentos. Não, o governo não vai mais doar as terras às famílias; não, não. O que deve acontecer, em nome da justiça social, é que todos os assentamentos sejam entregues ao MST, que distribuirá as terras de acordo com seus conceitos. Ou seja, o governo vai usar dinheiro de impostos para doar bens a um grupo que, não bastasse o terrorismo, também não existe juridicamente! Seria como dar dinheiro ao PCC ou ao Comando Vermelho! Um grande Big Brother stalinista. Uma empresa que já nasce quebrada, óbvio. De acordo com um levantamento, 80% dos assentamentos depende do "apoio do governo".
Como se não bastasse o estupro à Constitição Federal por um bando de arruaceiros vermelhinhos esclerosados, ainda temos que suportar gargalhadas infames por parte da máfia petista-governista. Lula prostituiu o Brasil em nome de suas ideologias inescrupulosas, em nome de um delírio de poder castrista e ditatorial. Acovardaram-se diante de uma turba saída da Idade da Pedra, carregando tacapes e se comportando como homens-macacos.
O MST vai interromper sua escalada. Não é conveniente. Não a eles, mas para seus asseclas eleitorais, o PT. O PT é para o MST o que o Sinn Fein é para o IRA. Foi assim em 2002. Será assim em 2006. Vai começar a seguir a cartilha da civilidade. Vai começar a respeitar a legalidade. Não adianta, não cairemos nessa outra vez.
E pra terminar, com um pouco de veneno, uma mensagem de alento aos agricultores dessa terra, em especial aqueles vítimas da insanidade raivosa de um fora-da-lei.
Parafraseando o líder da delinqüência juvenil, "podem matar uma, duas ou três flores, mas nunca poderão parar a primavera".
"A reforma agrária é igual a futebol, e o time dos latifundiários vai ser derrotado. O governo joga no nosso time."
João Pedro Stédile, julho de 2003
"Essas pessoas que invadem prédios públicos têm de ser presas. O MST tem posições pré-revolucionárias e suas ações não estão sendo repelidas com a força necessária. Ele tem direito de se manifestar, não de praticar crimes."
Celso Bastos, professor de Direito da USP, maio de 2000
Gilles Gomes de Araújo Ferreira
quarta-feira, 15 de março de 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário