O dia começa com chá e biscoitos. Chá para ela e biscoito para os cães. Depois tem início uma maratona de reuniões, conversas, apertos de mão, reverências e pronunciamentos. Têm sido assim desde 1952, e até hoje ela mantém disposição para continuar com seu dever.
Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926 no número 21 da rua Bruton, em Mayfair, Londres, filha de Sua Alteza Real, o Príncipe Albert, Duque de York, e de Elizabeth Bowes-Lyon, a Duquesa de York. Sendo neta do Rei George V, adquiriu o título de Sua Alteza Real Princesa Elizabeth de York.
Como era costume na época, a princesa foi educada em casa, sob a supervisão de sua mãe - que insistia que ela dissesse repetidas vezes "Eu não sou comum" - e da governanta Marion Crawford. Estudou História e línguas modernas, tornando-se fluente em francês. Foi instruída em religião pelo Arcebispo da Cantuária.
Elizabeth não "nasceu para ser rainha". Mas a abdicação de seu tio Edward VIII colocou seu pai na posição de príncipe herdeiro, fazendo dela a segunda na linha de sucessão. Em 1936 seu pai tornou-se Rei da Inglaterra.
Quando a Segunda Guerra Mundial começou ela tinha 13 anos. Junto com sua irmã mais nova Margareth elas foram mandadas para o Castelo de Windsor, de onde deveriam embarcar para o Canadá. A recusa de sua mãe acabou marcando para sempre a memória da guerra para o povo inglês: "As princesas não irão embora sem mim; eu não irei embora sem o Rei, e o Rei nunca irá embora". Assim como Sir Winston Churchill, a Família Real tornara-se um símbolo da resistência ante o avanço das tropas alemãs.
Em 1945 convenceu seu pai de que deveria contribuir diretamente nos esforços de guerra. Ela se uniu ao Serviço Territorial Auxiliar onde ficou conhecida por Número 230873 Segunda Subalterna Elizabeth Windsor, e foi treinada como motorista. Este treino foi a primeira vez que ela participava de uma aula com outros alunos. Ela gostou tanto do ensino junto a outros alunos que levou seus filhos a estudar em escolas, não em casa. Foi a primeira membro da família real a servir militarmente, apesar de outras mulheres da realeza já terem recebido honrarias.
Em 1947 fez sua primeira viagem oficial ao exterior - para a África do Sul. No seu 21º aniversário ela fez um pronunciamento à Comunidade e Império Britânico, garantindo a devoção de sua vida ao serviço do povo da Comunidade e do Império.
Em 20 de novembro do mesmo ano casa-se com o Príncipe Phillip, o Duque de Edimburgo, indo residir na Clarence House. Em 14 de novembro de 1948 dá à luz o primeiro filho, Charles. Depois vieram Anne, Andrew e Edward.
Em 1951 a saúde do Rei George começou a piorar, e Elizabeth passou a substitui-lo em eventos públicos. Ela visitou a Grécia, Itália e Malta durante esse ano. Em outubro ela fez um tour ao Canadá e visitou Washington DC em janeiro de 1952. No momento da morte de seu pai, ela se encontrava em um hotel no Quênia.
Foi coroada em 2 de junho de 1953, na Abadia de Westminster, adotando o nome de Elizabeth II, pela Graça de Deus, Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de Seus outros Reinos e Territórios, Chefe da Comunidade Britânica das Nações, Defensora da Fé. Passou então a residir no Palácio de Buckingham, que de acordo com boatos, ela detesta.
A Rainha Elizabeth é a Chefe de Estado que mais viajou no mundo, superando até mesmo o Papa João Paulo II. É conservadora em questões religiosas, padrão moral e questões familiares. Tem um grande senso de dever religioso e leva à sério o juramento da coroação. Esse senso é apontado como a principal razão para ela não abdicar. Como sua mãe, ela nunca perdoou Eduardo VIII por, como ela mesma diz, abandonar seu dever, e forçar seu pai a tornar-se rei, o que, conforme ela acredita, teria diminuido para seu relativo curto tempo de vida.
A Rainha nunca concedeu uma entrevista em toda a sua vida e jamais exprimiu um ponto de vista sobre qualquer assunto mais melindroso. Quando subiu ao trono, em 1952, garantiu que toda a sua vida seria colocada ao serviço do reino e assim tem sido até hoje. Assume de forma natural esse compromisso total com o papel de monarca e é dedicada à família. Fora isso, sabe-se muito pouco sobre as suas ideias - excepto que é apreciadora de pintura e fotografia, adora corridas de cavalos, tem uma genuína afeição por cães e faz questão de pedir aos convidados para evitarem pisar as preciosas, mas frágeis, carpetes do Palácio de Buckingham. Até hoje a última luz que se apaga em Buckingham é a do seu escritório, resultado da leitura meticulosa que faz em todos os documentos oficiais.
Embora escândalos tenham abalado a imagem da Família Real dos últimos anos, essa instituição se recuperou. Ao contrário do que analistas e jornalistas mais exaltados fazem crer, a monarquia na Inglaterra não está em perigo, como bem demonstra uma pesquisa recente onde 71% dos ingleses declararam-se monarquistas, contra 19% de republicanos e 10% de indecisos. Previsão semelhante fora feita na Austrália durante um plebiscito em 1999, previsão essa desmascarada pela voz dos súditos que manifestaram sua intenção de manter Elizabeth como sua rainha.
Hoje ela fez 80 anos. E já declarou que pretende trabalhar até o fim da vida. Ouviu a banda tocar Happy Birthday e milhares de pessoas desejando-lhe congratulações. Recebeu mais de 21.000 cartas e 17.000 e-mails - inclusive o meu! Mais tarde o Príncipe Charles leu uma mensagem carinhosa em homenagem à sua "querida mamãe". Como pedido de aniversário, solicitou que os ingleses pensem quão boa é a monarquia.
God Save Our Gracious Queen!
Long Live To The Queen!
Mande mensagens de aniversário para a Rainha clicando aqui.
Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926 no número 21 da rua Bruton, em Mayfair, Londres, filha de Sua Alteza Real, o Príncipe Albert, Duque de York, e de Elizabeth Bowes-Lyon, a Duquesa de York. Sendo neta do Rei George V, adquiriu o título de Sua Alteza Real Princesa Elizabeth de York.
Como era costume na época, a princesa foi educada em casa, sob a supervisão de sua mãe - que insistia que ela dissesse repetidas vezes "Eu não sou comum" - e da governanta Marion Crawford. Estudou História e línguas modernas, tornando-se fluente em francês. Foi instruída em religião pelo Arcebispo da Cantuária.
Elizabeth não "nasceu para ser rainha". Mas a abdicação de seu tio Edward VIII colocou seu pai na posição de príncipe herdeiro, fazendo dela a segunda na linha de sucessão. Em 1936 seu pai tornou-se Rei da Inglaterra.
Quando a Segunda Guerra Mundial começou ela tinha 13 anos. Junto com sua irmã mais nova Margareth elas foram mandadas para o Castelo de Windsor, de onde deveriam embarcar para o Canadá. A recusa de sua mãe acabou marcando para sempre a memória da guerra para o povo inglês: "As princesas não irão embora sem mim; eu não irei embora sem o Rei, e o Rei nunca irá embora". Assim como Sir Winston Churchill, a Família Real tornara-se um símbolo da resistência ante o avanço das tropas alemãs.
Em 1945 convenceu seu pai de que deveria contribuir diretamente nos esforços de guerra. Ela se uniu ao Serviço Territorial Auxiliar onde ficou conhecida por Número 230873 Segunda Subalterna Elizabeth Windsor, e foi treinada como motorista. Este treino foi a primeira vez que ela participava de uma aula com outros alunos. Ela gostou tanto do ensino junto a outros alunos que levou seus filhos a estudar em escolas, não em casa. Foi a primeira membro da família real a servir militarmente, apesar de outras mulheres da realeza já terem recebido honrarias.
Em 1947 fez sua primeira viagem oficial ao exterior - para a África do Sul. No seu 21º aniversário ela fez um pronunciamento à Comunidade e Império Britânico, garantindo a devoção de sua vida ao serviço do povo da Comunidade e do Império.
Em 20 de novembro do mesmo ano casa-se com o Príncipe Phillip, o Duque de Edimburgo, indo residir na Clarence House. Em 14 de novembro de 1948 dá à luz o primeiro filho, Charles. Depois vieram Anne, Andrew e Edward.
Em 1951 a saúde do Rei George começou a piorar, e Elizabeth passou a substitui-lo em eventos públicos. Ela visitou a Grécia, Itália e Malta durante esse ano. Em outubro ela fez um tour ao Canadá e visitou Washington DC em janeiro de 1952. No momento da morte de seu pai, ela se encontrava em um hotel no Quênia.
Foi coroada em 2 de junho de 1953, na Abadia de Westminster, adotando o nome de Elizabeth II, pela Graça de Deus, Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de Seus outros Reinos e Territórios, Chefe da Comunidade Britânica das Nações, Defensora da Fé. Passou então a residir no Palácio de Buckingham, que de acordo com boatos, ela detesta.
A Rainha Elizabeth é a Chefe de Estado que mais viajou no mundo, superando até mesmo o Papa João Paulo II. É conservadora em questões religiosas, padrão moral e questões familiares. Tem um grande senso de dever religioso e leva à sério o juramento da coroação. Esse senso é apontado como a principal razão para ela não abdicar. Como sua mãe, ela nunca perdoou Eduardo VIII por, como ela mesma diz, abandonar seu dever, e forçar seu pai a tornar-se rei, o que, conforme ela acredita, teria diminuido para seu relativo curto tempo de vida.
A Rainha nunca concedeu uma entrevista em toda a sua vida e jamais exprimiu um ponto de vista sobre qualquer assunto mais melindroso. Quando subiu ao trono, em 1952, garantiu que toda a sua vida seria colocada ao serviço do reino e assim tem sido até hoje. Assume de forma natural esse compromisso total com o papel de monarca e é dedicada à família. Fora isso, sabe-se muito pouco sobre as suas ideias - excepto que é apreciadora de pintura e fotografia, adora corridas de cavalos, tem uma genuína afeição por cães e faz questão de pedir aos convidados para evitarem pisar as preciosas, mas frágeis, carpetes do Palácio de Buckingham. Até hoje a última luz que se apaga em Buckingham é a do seu escritório, resultado da leitura meticulosa que faz em todos os documentos oficiais.
Embora escândalos tenham abalado a imagem da Família Real dos últimos anos, essa instituição se recuperou. Ao contrário do que analistas e jornalistas mais exaltados fazem crer, a monarquia na Inglaterra não está em perigo, como bem demonstra uma pesquisa recente onde 71% dos ingleses declararam-se monarquistas, contra 19% de republicanos e 10% de indecisos. Previsão semelhante fora feita na Austrália durante um plebiscito em 1999, previsão essa desmascarada pela voz dos súditos que manifestaram sua intenção de manter Elizabeth como sua rainha.
Hoje ela fez 80 anos. E já declarou que pretende trabalhar até o fim da vida. Ouviu a banda tocar Happy Birthday e milhares de pessoas desejando-lhe congratulações. Recebeu mais de 21.000 cartas e 17.000 e-mails - inclusive o meu! Mais tarde o Príncipe Charles leu uma mensagem carinhosa em homenagem à sua "querida mamãe". Como pedido de aniversário, solicitou que os ingleses pensem quão boa é a monarquia.
God Save Our Gracious Queen!
Long Live To The Queen!
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3 comentários:
Nossa que texto explêndido. Muito bom lê-lo...
Lucas
Prezado GILLES,
Parabéns pelo(s) texto(s) e pelo BLOG.
Adicionei vc no Orkut.
Se vc só tem 18 anos mesmo... é um portento de rapaz!
Só um peq comentário: a tradução, em Port., do título de S.M.G. é "Rainha do Reino Unido...", não podendo seguir a regra inglesa de colocar o "Rainha" depois dos territórios...
Abçs.
Bruno
Prezado GILLES,
Parabéns pelo(s) texto(s) e pelo BLOG.
Adicionei vc no Orkut.
Se vc só tem 18 anos mesmo... é um portento de rapaz!
Só um peq comentário: a tradução, em Port., do título de S.M.G. é "Rainha do Reino Unido...", não podendo seguir a regra inglesa de colocar o "Rainha" depois dos territórios...
Abçs.
Bruno
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