Eram 10:21 da manhã de uma terça-feira, 30 de abril de 1946, quando uma salva de tiros foi disparada das baterias navais de Estocolmo, Farlsfrona e Gotemburgo e das artilharias costeiras de Estocolmo e Blekinge: era um menino!
O príncipe era o tão esperado filho da Princesa Sibylla e do Príncipe Gustaf Adolf, que àquela altura já tinham quatro filhas: as Princesas Margaretha, Birgitta, Désirée e Christina. Numa reunião no Palácio Real de Estocolmo foi anunciado que o príncipe se chamaria Carl Gustaf Folke Hubertus, o novo Duque de Jämtland.
Foi batizado na Capela Real em 7 de junho de 1946, tendo como padrinhos o Rei Gustaf V, o Príncipe Herdeiro Gustaf Adolf, a Princesa Louisem o Duque de Coburg-Gotha, o Príncipe Herdeiro Frederik e a Princesa Ingrid, da Dinamarca, o Príncipe Herdeiro Olav, da Noruega, a Princesa Juliana, da Holanda, o Conde Folke Bernadotte af Wisborg e a Condessa Maria Bernadotte af Wisborg. O Duque, como era chamado pela família, foi entregue aos cuidados da enfremeira Ingrid Björnberg.
Carl Gustaf tinha apenas 9 meses quando seu pai, Príncipe Gustaf Adolf, morreu num acidente de avião em Copenhagem, em 26 de janeiro de 1947. Apesar da tragédia, o príncipe teve uma infância harmoniosa e muito livre. Em 1950 se mudou com a família para o Palácio Real de Estocolmo, onde se divertia andando de velotrol pelos longos corredores palacianos. No mesmo ano, em 29 de outubro de 1950, morreu o Rei Gustaf V. A Suécia tinha um novo rei, Gustaf VI Adolf, e Carl Gustaf, então com quatro anos de idade, tornou-se o Príncipe Herdeiro.
Uma comissão especial foi formada para planejar os estudos de Sua Alteza. Depois de um ano de pré-escola no Palácio, o príncipe começou a estudar na Escola Broms em 1º de Setembro de 1953. Em 22 de abril de 1966 matriculou-se em Ciências Naturais na Sigtuna Humanistika Läroverk. Continuou seus estudos acadêmicos na Universidade de Uppsala e complementou-os estudando Economia na Stockholm School of Economics.
No verão de 1966 começou seu treinamento militar. O príncipe optou pela Marinha, onde participou de uma volta ao mundo. Também recebeu treinamento da Aeronáutica e do Exército. Oficiais confirmam que o Príncipe Herdeiro, se oportunidade houvesse, seria um piloto extremamente habilidoso. Foi o primeiro membro da realeza no mundo a quebrar a barreira do som como passageiro.
Muitos anos de "treinamento real" se seguiram. Ganhou experiência em indústria e comércio tanto na Suécia quanto no exterior. Quando Gustaf VI Adolf morreu, em 15 de Setembro de 1973, o novo rei, apesar dos 27 anos, estava bem preparado para assumir suas funções.
Na cerimônia de coroação, ocorrida em 19 de Setembro de 1973, Carl XVI Gustaf declarou que seguiria o exemplo de seu avô e se tornar um símbolo da monarquia moderna. Em seu primeiro ano como monarca, estava muito ocupado se familiarizando com os novos deveres na Corte Real.
Enquanto isso, na Alemanha, uma jovem dama esperava por ele - uma dama que ele conheceu durante os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique. Apesar da especulação midiática, todos foram pegos de surpresa no ano seguinte, quando o noivado do Rei Carl Gustaf com a germano-brasileira Silvia Sommerlath foi oficialmente anunciado, em 12 de março de 1976. Ela tinha há pouco terminado seu trabalho com o Comitê Olímpico Internacional. Agora estava sentada no Palácio Real de Estocolmo ouvindo o Rei contar a história: "simplesmente aconteceu".
O casamento aconteceu na Catedral de Estocolmo em 19 de Junho de 1976. O casal teve três filhos: a Princesa Herdeira Victoria (1977), o Príncipe Carl Philip (1979) e a Princesa Madeleine (1982).
O Rei é mais conhecido, principalmente fora da Suécia, pelas cerimônias de entrega dos prêmios Nobel. Embora seja o Chefe de Estado, nenhuma de suas funções envolve poder político. A Constituição Sueca é bem clara quando diz que "todo o poder emana do povo" e o coloca nas mãos do governo e do Riksdag.
O Rei mantém um papel simbólico de chefe do Conselho de Relações Exteriores e possui a maior patente militar. Preside reuniões especiais de gabinete, abre as sessões do Riksdag anualmente, recebe e visita Chefes de Estado. Viaja pelo país regularmente e é o Protetor das Academias Reais.
Em recente entrevista ao jornal Dagens Nyheter defendeu o papel da monarquia nas democracias modernas:
O príncipe era o tão esperado filho da Princesa Sibylla e do Príncipe Gustaf Adolf, que àquela altura já tinham quatro filhas: as Princesas Margaretha, Birgitta, Désirée e Christina. Numa reunião no Palácio Real de Estocolmo foi anunciado que o príncipe se chamaria Carl Gustaf Folke Hubertus, o novo Duque de Jämtland.
Foi batizado na Capela Real em 7 de junho de 1946, tendo como padrinhos o Rei Gustaf V, o Príncipe Herdeiro Gustaf Adolf, a Princesa Louisem o Duque de Coburg-Gotha, o Príncipe Herdeiro Frederik e a Princesa Ingrid, da Dinamarca, o Príncipe Herdeiro Olav, da Noruega, a Princesa Juliana, da Holanda, o Conde Folke Bernadotte af Wisborg e a Condessa Maria Bernadotte af Wisborg. O Duque, como era chamado pela família, foi entregue aos cuidados da enfremeira Ingrid Björnberg.
Carl Gustaf tinha apenas 9 meses quando seu pai, Príncipe Gustaf Adolf, morreu num acidente de avião em Copenhagem, em 26 de janeiro de 1947. Apesar da tragédia, o príncipe teve uma infância harmoniosa e muito livre. Em 1950 se mudou com a família para o Palácio Real de Estocolmo, onde se divertia andando de velotrol pelos longos corredores palacianos. No mesmo ano, em 29 de outubro de 1950, morreu o Rei Gustaf V. A Suécia tinha um novo rei, Gustaf VI Adolf, e Carl Gustaf, então com quatro anos de idade, tornou-se o Príncipe Herdeiro.
Uma comissão especial foi formada para planejar os estudos de Sua Alteza. Depois de um ano de pré-escola no Palácio, o príncipe começou a estudar na Escola Broms em 1º de Setembro de 1953. Em 22 de abril de 1966 matriculou-se em Ciências Naturais na Sigtuna Humanistika Läroverk. Continuou seus estudos acadêmicos na Universidade de Uppsala e complementou-os estudando Economia na Stockholm School of Economics.
No verão de 1966 começou seu treinamento militar. O príncipe optou pela Marinha, onde participou de uma volta ao mundo. Também recebeu treinamento da Aeronáutica e do Exército. Oficiais confirmam que o Príncipe Herdeiro, se oportunidade houvesse, seria um piloto extremamente habilidoso. Foi o primeiro membro da realeza no mundo a quebrar a barreira do som como passageiro.
Muitos anos de "treinamento real" se seguiram. Ganhou experiência em indústria e comércio tanto na Suécia quanto no exterior. Quando Gustaf VI Adolf morreu, em 15 de Setembro de 1973, o novo rei, apesar dos 27 anos, estava bem preparado para assumir suas funções.
Na cerimônia de coroação, ocorrida em 19 de Setembro de 1973, Carl XVI Gustaf declarou que seguiria o exemplo de seu avô e se tornar um símbolo da monarquia moderna. Em seu primeiro ano como monarca, estava muito ocupado se familiarizando com os novos deveres na Corte Real.
Enquanto isso, na Alemanha, uma jovem dama esperava por ele - uma dama que ele conheceu durante os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique. Apesar da especulação midiática, todos foram pegos de surpresa no ano seguinte, quando o noivado do Rei Carl Gustaf com a germano-brasileira Silvia Sommerlath foi oficialmente anunciado, em 12 de março de 1976. Ela tinha há pouco terminado seu trabalho com o Comitê Olímpico Internacional. Agora estava sentada no Palácio Real de Estocolmo ouvindo o Rei contar a história: "simplesmente aconteceu".
O casamento aconteceu na Catedral de Estocolmo em 19 de Junho de 1976. O casal teve três filhos: a Princesa Herdeira Victoria (1977), o Príncipe Carl Philip (1979) e a Princesa Madeleine (1982).
O Rei é mais conhecido, principalmente fora da Suécia, pelas cerimônias de entrega dos prêmios Nobel. Embora seja o Chefe de Estado, nenhuma de suas funções envolve poder político. A Constituição Sueca é bem clara quando diz que "todo o poder emana do povo" e o coloca nas mãos do governo e do Riksdag.
O Rei mantém um papel simbólico de chefe do Conselho de Relações Exteriores e possui a maior patente militar. Preside reuniões especiais de gabinete, abre as sessões do Riksdag anualmente, recebe e visita Chefes de Estado. Viaja pelo país regularmente e é o Protetor das Academias Reais.
Em recente entrevista ao jornal Dagens Nyheter defendeu o papel da monarquia nas democracias modernas:
A democracia e a monarquia se fortalecem mutuamente, sendo a monarquia uma forte
insituição apolítica que representa história e tradição. A principal função do
monarca é apoiar o povo, inclusive aqueles de outras culturas.
Disse ainda que seu papel é proteger a sociedade em tempos de crises nacionais, como os assassinatos de Olof Palme e Anna Lindh. O exemplo mais recente é o do tsunami no Sudeste Asiático, ocasião em que morreram muitos suecos. Fora das funções reais, tem fascinação por carros de corrida e, segundo uma imprensa um tanto quanto indiscreta, corpos femininos.
Carl Gustaf gerou algumas controvérsias políticas durante seus 23 anos de reinado: pediu a reforma política em Brunei, uma monarquia absoluta asiática com baixíssimos índices de direitos humanos, e se opôs à revisão do Ato de Sucessão, que permitiu que tanto homens quanto mulheres possam ascender ao trono sueco.
Tratando mais especificamente da monarquia, alguns suecos se perguntam se o Rei deveria continuar a gozar imunidade penal, principalmente depois de causar um pequeno acidente automobilístico no ano passado. Também se perguntam se vale a pena destinar 100 milhões de coroas anualmente para pagar as despesas da Família Real. Republicanos dizem que a hereditariedade monárquica é baseada em riqueza e privilégio, um anacronismo arcaico incondizente com a modernidade democrática.
Seu pior pesadelo é que a Realeza desfruta de muita popularidade, geralmente em torno de 70%. A popularidade pessoal do Rei está dez pontos percentuais acima disso. Muitos suecos, assim como cidadãos de outros países europeus, se confortam vendo a Coroa com um símbolo da unidade nacional num continente em que os velhos Estados nacionais perdem cada vez mais poder para Bruxelas. O pensamento na maioria desses países é o de que, se uma Consituição Européia for realmente aprovada, ao menos a Família Real continuará como fonte do orgulho nacional.
Hoje Sua Majestade completou 60 anos de idade, com milhares de pessoas sob sua janela a desejar Feliz Aniversário. Um jantar de gala será oferecido esta noite, com as ilustres presenças da Rainha Margrethe II da Dinamarca, Rainha Beatrix da Holanda, Rei Harald V da Noruega, Rei Albert II da Bélgica, Rei Juan Carlos I da Espanha, e a ausência constrangedora de um membro da Família Real Britânica.
Carl Gustaf gerou algumas controvérsias políticas durante seus 23 anos de reinado: pediu a reforma política em Brunei, uma monarquia absoluta asiática com baixíssimos índices de direitos humanos, e se opôs à revisão do Ato de Sucessão, que permitiu que tanto homens quanto mulheres possam ascender ao trono sueco.
Tratando mais especificamente da monarquia, alguns suecos se perguntam se o Rei deveria continuar a gozar imunidade penal, principalmente depois de causar um pequeno acidente automobilístico no ano passado. Também se perguntam se vale a pena destinar 100 milhões de coroas anualmente para pagar as despesas da Família Real. Republicanos dizem que a hereditariedade monárquica é baseada em riqueza e privilégio, um anacronismo arcaico incondizente com a modernidade democrática.
Seu pior pesadelo é que a Realeza desfruta de muita popularidade, geralmente em torno de 70%. A popularidade pessoal do Rei está dez pontos percentuais acima disso. Muitos suecos, assim como cidadãos de outros países europeus, se confortam vendo a Coroa com um símbolo da unidade nacional num continente em que os velhos Estados nacionais perdem cada vez mais poder para Bruxelas. O pensamento na maioria desses países é o de que, se uma Consituição Européia for realmente aprovada, ao menos a Família Real continuará como fonte do orgulho nacional.
Hoje Sua Majestade completou 60 anos de idade, com milhares de pessoas sob sua janela a desejar Feliz Aniversário. Um jantar de gala será oferecido esta noite, com as ilustres presenças da Rainha Margrethe II da Dinamarca, Rainha Beatrix da Holanda, Rei Harald V da Noruega, Rei Albert II da Bélgica, Rei Juan Carlos I da Espanha, e a ausência constrangedora de um membro da Família Real Britânica.
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