O sr. Luis Inácio Lula da Silva, Il Duce, assinou um artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo na segunda-feira 03/04, intitulado "Os alicerces da integração regional". No texto, o Presidente da República esreve que "nossos países só superarão os desafios do desenvolvimento e da desigualdade social se forem capazes de juntar suas vozes no concerto internacional e de somar seu potencial econômico e produtivo". O que vem depois não passa de propaganda de candidato, fartamente composta de termos que conferem à política externa brasileira um personalismo totalitário - dediquei-me, conversei com, julgo que, tenho insistido.
O auto-proclamado líder natural da América do Sul afirma ainda que "não há outro caminho para nós fora da união e da integração de nossas economias e sociedades". Ponto para quem escreveu o artigo carimbado - com o dedão - pelo sapo barbudo. É isso aí!
Um alienígena que caísse dos anéis de Saturno no Brasil, ao ler o artigo, estaria convencido de que o presidente, ao invés de seguir o devaneio esquerdista de romper com o passado, aderiu à realidade e passou a praticar aquilo que deu certo e garantiu crescimento e estabilidade aos países desenvolvidos.
Não é bem assim!
O Brasil, mais uma vez, peca por intoxicação ideológica. Permite que os teóricos marxistas-chauístas-petistas façam um trabalho que deveria estar a cargo de técnicos e economistas. Deixa se levar por uma fantasia latino-terceiro-mundista pregada por Simón Bolívar e ridicularizada pela História.
O físico inglês Sir Isaac Newton afirmou certa feita que era grande porque "subiu no ombro de gigantes". Nada mais lógico. E comprovado pela razão prática. O México, depois de aliar-se ao grande satã americano, viu sua economia dar um salto, aumentar suas exportações e parceiros comercias, o fluxo de investimentos, os salários, as contas externas. Da mesma forma, o Leste Europeu ex-comunista correu para assinar um acordo com a União Européia e hoje alcança uma taxa de crescimento média de 4%.
O problema é que a lógica não tem espaço nesse governo. Os trabalhistas não só forçaram o Brasil a se distanciar de um acordo com os EUA como se orgulham desse feito patriótico. Uma medida inócua, uma vez que os outros países - esses traidores da nobre causa latina - assinaram acordos bilaterais com os americanos. E vão se dar muito bem com isso. Quem não quer vender para a América?
O Brasil. Mais uma vez Pindorama toma atitudes que só podem ser explicadas pela psiquiatria. Só mesmo Freud e Jung poderiam explicar porque o Brasil briga com grandes mercados sedentos por expandir suas economias e investimentos. Prefere ter como aliados gente como Tabaré Vasquez (que é esperto o bastante para largar o Mercosul e se aliar a Washington), Hugo Chávez (o companheiro que se julga herdeiro de Bolívar - como se fosse grande coisa - e que vai usar o Mercosul como palanque para impropérios), Evo Morales (que vai dar nacionalizar a Petrobras Bolivia diante dos gritos roucos de Gabrielli) e Néstor Kirchner (comentários desnecessários).
A esquerda brasileira insiste numa idéia mofada de que é preciso combater os países ricos, símbolos do capitalismo selvagem, inimigo do desenvolvimento dos países do terceiro mundo. Para os vermelhinhos, o bom capitalismo é aquele praticado pelas pobres populações das economias periféricas, vítimas da ganância predatória da sociedade consumista e do capital estrangeiro.
Alguém precisa avisar a essa gente que o Muro de Berlim também caiu na cabeça deles.
Gilles Gomes de Araújo Ferreira
sexta-feira, 7 de abril de 2006
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Um comentário:
Não é de fácil deglução o processo de "esquerdimento" no Brasil... ainda bem que as críticas de livre e bons pensadores ( não basta ser apenas livre ou apenas bom, pois ser livre não constitui qualidade, e a qualidade não é possível em regime fechado de pensamento)um dia poderão mudar a sociedade. Durkheim ao dizer que a educação transforma a sociedade foi alvo fácil de marxistas de plantão, entretanto não viram nas palavras de Gramsci esta idéia latente... Os dois citados foram bons, mas somente Durkheim livre. Eis a diferença.
Parabéns pelo artigo.
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