PARIS - O escritor e jornalista francês Jean-François Revel, membro da Academia Francesa desde 1997, morreu na noite de sábado em conseqüência de um problema cardíaco no hospital Kremlin Bicetre, nos arredores de Paris.
Revel, de 82 anos e casado pela segunda vez com a também escritora Claude Sarraute, tinha sido hospitalizado há duas semanas, disseram neste domingo fontes de sua família.
Conhecido pelo inconformismo e por se definir como intelectual de direita, o acadêmico deixa uma obra de cerca de trinta livros, que começou com um ensaio anunciando que a filosofia tinha morrido (Pourquoi des Philosophes) em 1957, o mesmo ano em que começou sua carreira jornalística.
Nessa faceta profissional, trabalhou desde meados dos anos 60 como editorialista do semanário L´Express, de onde foi diretor de 1978 a 1981.
Depois, começou a colaborar até muito recentemente em outro dos principais semanários franceses de informação geral, o Le Point, assim como em redes de rádio como Europe 1 e RTL.
Nascido em Marselha em 1924, Jean-François Ricard - seu nome verdadeiro - fez seus estudos secundários em Lyon, e em 1943 entrou na elitista Escola Normal Superior, onde se especializou em Filosofia.
Outro livro que ilustra sua personalidade é O Monge e o Filósofo - O Budismo Hoje, que Revel escreveu na condição de ateu em um diálogo com o filho Mathieu Ricard, budista declarado. No Brasil, suas obras publicadas são, além da citada acima, A Obsessão Antiamericana e A Grande Parada.
Gilles Gomes de Araújo Ferreira
domingo, 30 de abril de 2006
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