As Nações Unidas denunciaram ontem que os terroristas iraquianos - ou a resistência, como prefere grande parte da esquerda - estão utilizando crianças e adolescentes com deficiências físicas ou mentais em atentados terroristas. Ao contrário de outros documentos publicados pela ONU, este foi pouquíssimo divulgado pela imprensa brasileira, e o trecho que segue foi escrito por Helena Tecedeiro para o jornal português Diário de Notícias:
"O meu pai sempre me disse que eu era um erro e que só trazia problemas e despesas", revelou Barak (nome fictício) à agência de notícias das Nações Unidas. Com outros cinco filhos para criar, o pai deste rapaz de 13 anos não hesitou em vender o filho "diferente" à Al-Qaeda. Agora, Barak é uma das dezenas de crianças iraquianas com deficiências mentais que os rebeldes treinam para combater os americanos e as forças governamentais. Num relatório ontem divulgado, a ONU adianda que a Al- -Qaeda está a usar estas crianças para perpetrar atentados suicidas.
"Não tenho mãe e nunca fui à escola", explicou Barak. Com a Kalashnikov na mão, o rapaz disse à ONU que agora ajuda "homens que dizem pertencer à Al-Qaeda" e "se fizer bem o meu trabalho vou ser um menino saudável". Os combatentes prometeram a Barak que em breve irá juntar-se à mãe no Céu. Para o seu treinador, Abu Ahmed, os rebeldes até lhe estão "a fazer um favor". "Damos-lhe uma hipótese de ser útil. Em breve será um bom combatente e talvez um dia até se torne num bombista suicida, se Deus quiser".
Citado pela IRIN, o porta-voz do Ministério do Interior iraquiano, Khalid Sami, declarou que as duas crianças usadas num atentado a 21 de Março tinham problemas mentais. "Foram colocadas no carro com dois adultos. Os soldados deixaram o veículo passar porque levava menores. Quando chegaram ao mercado, os rebeldes saíram e detonaram a bomba, matando as crianças e outras cinco pessoas, disse Sami.
Responsáveis de uma organização não governamental (ONG) local disseram à IRIN terem sido alertados para o uso de deficientes mentais em atentados, sobretudo em Diyala, Ramadi ou Fallujah. Algumas das crianças são vendidas pela família, outras são raptadas pelos rebeldes. O porta-voz da ONG, que recusou ser identificado, disse ainda que muitos rapazes que ficaram órfãos desde a invasão americana, em 2003, têm ajudado os rebeldes como espiões ou para distrair os soldados antes de um ataque. Até agora, pelo menos 12 crianças já morreram em atentados.
E enquanto os jornais brasileiros limitaram-se a noticiar o atentado que matou 33 pessoas na Argélia ontem, o espanhol La Razón publica comunicado da "Organização Al-Qaeda nos Países do Magreb Muçulmano", grupo que assumiu a responsabilidade do atentado, declarando "não depor nossa espada até liberarmos toda a terra do Islã de todo cruzado, colaboracionista e agente, desde Jerusalém até Al-Andalus", nome que os conquistadores muçulmanos do século VIII deram à Península Ibérica.
"O meu pai sempre me disse que eu era um erro e que só trazia problemas e despesas", revelou Barak (nome fictício) à agência de notícias das Nações Unidas. Com outros cinco filhos para criar, o pai deste rapaz de 13 anos não hesitou em vender o filho "diferente" à Al-Qaeda. Agora, Barak é uma das dezenas de crianças iraquianas com deficiências mentais que os rebeldes treinam para combater os americanos e as forças governamentais. Num relatório ontem divulgado, a ONU adianda que a Al- -Qaeda está a usar estas crianças para perpetrar atentados suicidas.
"Não tenho mãe e nunca fui à escola", explicou Barak. Com a Kalashnikov na mão, o rapaz disse à ONU que agora ajuda "homens que dizem pertencer à Al-Qaeda" e "se fizer bem o meu trabalho vou ser um menino saudável". Os combatentes prometeram a Barak que em breve irá juntar-se à mãe no Céu. Para o seu treinador, Abu Ahmed, os rebeldes até lhe estão "a fazer um favor". "Damos-lhe uma hipótese de ser útil. Em breve será um bom combatente e talvez um dia até se torne num bombista suicida, se Deus quiser".
Citado pela IRIN, o porta-voz do Ministério do Interior iraquiano, Khalid Sami, declarou que as duas crianças usadas num atentado a 21 de Março tinham problemas mentais. "Foram colocadas no carro com dois adultos. Os soldados deixaram o veículo passar porque levava menores. Quando chegaram ao mercado, os rebeldes saíram e detonaram a bomba, matando as crianças e outras cinco pessoas, disse Sami.
Responsáveis de uma organização não governamental (ONG) local disseram à IRIN terem sido alertados para o uso de deficientes mentais em atentados, sobretudo em Diyala, Ramadi ou Fallujah. Algumas das crianças são vendidas pela família, outras são raptadas pelos rebeldes. O porta-voz da ONG, que recusou ser identificado, disse ainda que muitos rapazes que ficaram órfãos desde a invasão americana, em 2003, têm ajudado os rebeldes como espiões ou para distrair os soldados antes de um ataque. Até agora, pelo menos 12 crianças já morreram em atentados.
E enquanto os jornais brasileiros limitaram-se a noticiar o atentado que matou 33 pessoas na Argélia ontem, o espanhol La Razón publica comunicado da "Organização Al-Qaeda nos Países do Magreb Muçulmano", grupo que assumiu a responsabilidade do atentado, declarando "não depor nossa espada até liberarmos toda a terra do Islã de todo cruzado, colaboracionista e agente, desde Jerusalém até Al-Andalus", nome que os conquistadores muçulmanos do século VIII deram à Península Ibérica.
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