Há cinco anos, no Royal Lodge, em Windsor, morria a Rainha-Mãe, Elizabeth Bowes-Lyon. Ela tinha 101 anos, e partiu para a eternidade tendo ao lado a única filha viva, Elizabeth II - a Princesa Margaret, Condessa de Snowdon, havia falecido alguns meses antes.
Filha mais nova do Conde de Strathmore e Glamis, descendente da Família Real Escocesa, Elizabeth viveu uma infância idílica no Castelo de Glamis, cenário da peça Macbeth, de William Shakespeare. Educada em Londres, surpreendeu seus tutores pela facilidade em lidar com a literatura clássica.
Quando a Primeira Guerra Mundial teve início, Glamis tornou-se um abrigo para soldados feridos. Elizabeth, então com quatorze anos, tornou-se com o tempo a principal coordenadora dos esforços. Seu irmão mais velho, Fergus, morreu em combate em 1915.
Amiga da Princesa Real Mary, Elizabeth logo foi apresentada ao tímido e relutante Príncipe Albert, Duque de York, que logo apaixonou-se por ela. Ela era, à época, uma das mulheres mais cobiçadas da nobreza britânica, e entre seus pretendentes declarados estavam o Rei da Sérvia, que chegou a pedir-lhe em casamento.
Por diversas vezes Elizabeth negou o pedido de casamento de "Bertie", temendo as privações e os deveres da realeza. Entretanto, graças à insistência do Príncipe, o casamento foi anunciado para 26 de abril de 1923, e ela se tornou Sua Alteza Real a Duquesa de York. Em pouco tempo ela se tornaria a preferida do Rei George V e da Rainha Mary. Em 1926, a primeira filha, Elizabeth, e quatro anos depois, Margaret Rose. Com a abdicação do Rei Edward VIII, Albert ascendeu ao trono como Rei George VI, tendo Elizabeth como sua consorte. Ela sempre se referiu a Wallis Simpson como "aquela mulher".
Mas foi durante a Segunda Guerra Mundial que Elizabeth tornou-se a mulher que despertaria o amor e o respeito de seus súditos. Sua recusa em abandonar a Bretanha e partir para o Canadá deu novo ímpeto à resistência dos britânicos. Baixinha e rotunda, visitava os bairros londrinos no dia seguinte a um bombardeio, e fazia questão de não vestir preto. Quando o Palácio de Buckingham foi bombardeado, a Rainha teve de sair engatinhando dos escombros. A confiança que inspirava nos britânicos era tanta, que Adolf Hitler considerava aquela "a mulher mais perigosa da Europa".
A morte do Rei George em 1952 fez de Elizabeth a Rainha-Mãe. No entanto, seus súditos faziam questão de chamá-la "Rainha-Mamãe". Profundamente abalada pela morte do esposo, preferiu evitar um luto prolongado, como havia feito a Rainha Victoria. Dali em diante, ela seria a mais popular de toda a Família Real.
Por vezes criticada por um estilo de vida estravagante, era famosa por um humor seco e inteligente, tipicamente britânico. Detestava os alemães e achava os franceses engraçadíssimos. Considerada a mais "direitista" de toda a Família Real, adorava Margaret Thatcher, em nome de quem fazia questão de propor um brinde no jantar, e lamentava a derrocada do Império Britânico.
Acima de tudo, amada e reverenciada por uma nação.
Filha mais nova do Conde de Strathmore e Glamis, descendente da Família Real Escocesa, Elizabeth viveu uma infância idílica no Castelo de Glamis, cenário da peça Macbeth, de William Shakespeare. Educada em Londres, surpreendeu seus tutores pela facilidade em lidar com a literatura clássica.
Quando a Primeira Guerra Mundial teve início, Glamis tornou-se um abrigo para soldados feridos. Elizabeth, então com quatorze anos, tornou-se com o tempo a principal coordenadora dos esforços. Seu irmão mais velho, Fergus, morreu em combate em 1915.
Amiga da Princesa Real Mary, Elizabeth logo foi apresentada ao tímido e relutante Príncipe Albert, Duque de York, que logo apaixonou-se por ela. Ela era, à época, uma das mulheres mais cobiçadas da nobreza britânica, e entre seus pretendentes declarados estavam o Rei da Sérvia, que chegou a pedir-lhe em casamento.
Por diversas vezes Elizabeth negou o pedido de casamento de "Bertie", temendo as privações e os deveres da realeza. Entretanto, graças à insistência do Príncipe, o casamento foi anunciado para 26 de abril de 1923, e ela se tornou Sua Alteza Real a Duquesa de York. Em pouco tempo ela se tornaria a preferida do Rei George V e da Rainha Mary. Em 1926, a primeira filha, Elizabeth, e quatro anos depois, Margaret Rose. Com a abdicação do Rei Edward VIII, Albert ascendeu ao trono como Rei George VI, tendo Elizabeth como sua consorte. Ela sempre se referiu a Wallis Simpson como "aquela mulher".
Mas foi durante a Segunda Guerra Mundial que Elizabeth tornou-se a mulher que despertaria o amor e o respeito de seus súditos. Sua recusa em abandonar a Bretanha e partir para o Canadá deu novo ímpeto à resistência dos britânicos. Baixinha e rotunda, visitava os bairros londrinos no dia seguinte a um bombardeio, e fazia questão de não vestir preto. Quando o Palácio de Buckingham foi bombardeado, a Rainha teve de sair engatinhando dos escombros. A confiança que inspirava nos britânicos era tanta, que Adolf Hitler considerava aquela "a mulher mais perigosa da Europa".
A morte do Rei George em 1952 fez de Elizabeth a Rainha-Mãe. No entanto, seus súditos faziam questão de chamá-la "Rainha-Mamãe". Profundamente abalada pela morte do esposo, preferiu evitar um luto prolongado, como havia feito a Rainha Victoria. Dali em diante, ela seria a mais popular de toda a Família Real.
Por vezes criticada por um estilo de vida estravagante, era famosa por um humor seco e inteligente, tipicamente britânico. Detestava os alemães e achava os franceses engraçadíssimos. Considerada a mais "direitista" de toda a Família Real, adorava Margaret Thatcher, em nome de quem fazia questão de propor um brinde no jantar, e lamentava a derrocada do Império Britânico.
Acima de tudo, amada e reverenciada por uma nação.