Minas Gerais, 30 de agosto de 2006
Arnaldo Jabor já disse e escreveu tolices. Nas semanas anteriores à Guerra do Iraque foram crônicas e comentários denunciando a torpeza do Presidente dos EUA e dos falcões da Casa Branca. Pediu o retorno de Clinton. Criticou a letargia do Primeiro-Ministro inglês, graças à sua "terceira via" o queridinho dos politicamente corretos social-democratas de todo o mundo.
Elogiava Lula por ter contido o ímpeto totalitário da esquerda brasileira. Depois vieram o CFJ e a Ancinav. Jabor mudou de lado. Censurou o Partido dos Trabalhadores por se opôr às reformas econômicas tentadas por Fernando Henrique e mencionadas por Luiz Inácio. Quando estourou o mensalão, o cineasta maldisse a tentativa de seqüestro da democracia. Ao mesmo tempo, repetia o Presidente na alegação de que corrupção é uma coisa que se faz "sistematicamente" no Brasil.
Tudo isso sem mencionar o rebuscamento barroco presente em seus escritos, uma extravagância à la Pedro Bial. a terça-feira Arnaldo Jabor escreveu artigo para O Estado de S. Paulo e O Globo. "Os quadrilheiros do governo não são de esquerda, não; são de direita". Impossível não lembrar de Roberto Campos e a máxima, "o Brasil é o único país do mundo onde ser de esquerda ainda dá uma conotação de prestígio". Pena que desta vez ele tenha errado...
Há alguns dias um historiador inglês elaborou uma lista com os maiores Primeiros-Ministro do século XX. No topo da lista aparece o nome de Clement Atlee, responsável pela nacionalização de um quinto da economia britânica e pelo desmonte do Império Britânico, com a descolonização da Índia, do Paquistão, do Sri Lanka e de Myanmar - ou Birmânia. Mr Atlee desbancou Sir Winston Churchill nas primeiras eleições pós Segunda Guerra Mundial.
Churchill, a propósito, aparece em inacreditável quarto lugar, atrás de Edward Heath e Margareth Thacher. Ora, em pesquisa realizada alguns anos atrás pela BBC o conservador foi eleito o maior cidadão britânico do século XX.
Resta dizer que o historiador em questão, Francis Beckett, é membro do Partido Trabalhista e já trabalhou como secretário de imprensa de sindicatos. Seria exagero dizer que isso lhe garante, como disse Campos, uma conotação de prestígio? Aparentemente sim.
Michael Moore é esquerda. Chamam-lhe "independente". Ann Coulter é direita. Chamam-lhe "bushista". Francis Fukuyama redimiu-se quando disparou contra os neo-cons. Despertou para a verdade. Tony Blair apoiou a Guerra. Passou a fazer parte da Direita - ó castigo!
Quando um repórter quer citar um jornal americano, apresenta o The New York Times, mesmo que seja inferior em qualidade e vendagem que o The Wall Street Journal. Na Inglaterra mencionam o The "Gaurdian", mesmo que o conservador The Daily Telegraph - o link está ao lado - tenha uma tiragem quase três vezes maior.
Líderes da Direita são sempre estúpidos ou frios. Líderes da Esquerda são sempre carismáticos e bem-humorados. Se um governante da Direita fracassa, é por culpa de suas idéias desumanas e sua insensibilidade. Se um governante da Esquerda fracassa, pobre coitado, um idealista vítima do sistema.
Stálin e Mao-Tsé Tung nunca são comparados a Hitler. George W. Bush sim. Condoleezza Rice visita Israel e os EUA são cúmplices do terrorismo de Estado. Hugo Chávez visita Gaddafi, Assad, e Ahmadinejad e está no pleno gozo de sua soberania. À esquerda chamam revolução. À direita chamam golpe. Aqui e lá. Não há para onde fugir.
Elogiava Lula por ter contido o ímpeto totalitário da esquerda brasileira. Depois vieram o CFJ e a Ancinav. Jabor mudou de lado. Censurou o Partido dos Trabalhadores por se opôr às reformas econômicas tentadas por Fernando Henrique e mencionadas por Luiz Inácio. Quando estourou o mensalão, o cineasta maldisse a tentativa de seqüestro da democracia. Ao mesmo tempo, repetia o Presidente na alegação de que corrupção é uma coisa que se faz "sistematicamente" no Brasil.
Tudo isso sem mencionar o rebuscamento barroco presente em seus escritos, uma extravagância à la Pedro Bial. a terça-feira Arnaldo Jabor escreveu artigo para O Estado de S. Paulo e O Globo. "Os quadrilheiros do governo não são de esquerda, não; são de direita". Impossível não lembrar de Roberto Campos e a máxima, "o Brasil é o único país do mundo onde ser de esquerda ainda dá uma conotação de prestígio". Pena que desta vez ele tenha errado...
Há alguns dias um historiador inglês elaborou uma lista com os maiores Primeiros-Ministro do século XX. No topo da lista aparece o nome de Clement Atlee, responsável pela nacionalização de um quinto da economia britânica e pelo desmonte do Império Britânico, com a descolonização da Índia, do Paquistão, do Sri Lanka e de Myanmar - ou Birmânia. Mr Atlee desbancou Sir Winston Churchill nas primeiras eleições pós Segunda Guerra Mundial.
Churchill, a propósito, aparece em inacreditável quarto lugar, atrás de Edward Heath e Margareth Thacher. Ora, em pesquisa realizada alguns anos atrás pela BBC o conservador foi eleito o maior cidadão britânico do século XX.
Resta dizer que o historiador em questão, Francis Beckett, é membro do Partido Trabalhista e já trabalhou como secretário de imprensa de sindicatos. Seria exagero dizer que isso lhe garante, como disse Campos, uma conotação de prestígio? Aparentemente sim.
Michael Moore é esquerda. Chamam-lhe "independente". Ann Coulter é direita. Chamam-lhe "bushista". Francis Fukuyama redimiu-se quando disparou contra os neo-cons. Despertou para a verdade. Tony Blair apoiou a Guerra. Passou a fazer parte da Direita - ó castigo!
Quando um repórter quer citar um jornal americano, apresenta o The New York Times, mesmo que seja inferior em qualidade e vendagem que o The Wall Street Journal. Na Inglaterra mencionam o The "Gaurdian", mesmo que o conservador The Daily Telegraph - o link está ao lado - tenha uma tiragem quase três vezes maior.
Líderes da Direita são sempre estúpidos ou frios. Líderes da Esquerda são sempre carismáticos e bem-humorados. Se um governante da Direita fracassa, é por culpa de suas idéias desumanas e sua insensibilidade. Se um governante da Esquerda fracassa, pobre coitado, um idealista vítima do sistema.
Stálin e Mao-Tsé Tung nunca são comparados a Hitler. George W. Bush sim. Condoleezza Rice visita Israel e os EUA são cúmplices do terrorismo de Estado. Hugo Chávez visita Gaddafi, Assad, e Ahmadinejad e está no pleno gozo de sua soberania. À esquerda chamam revolução. À direita chamam golpe. Aqui e lá. Não há para onde fugir.
2 comentários:
Muito bom!
Achei ótimos esses dados sobre o New York Times e o WSJ. Já tinha lido que o NYT era o jornal preferido dos esquerdistas nos EUA mas não sabia qual outra fonte era mais confiável.
Esse tema pode ser muuuito expandido, na verdade. A demonização das idéias de direita e a glamurização de tudo que é esquerda.
Excelente artigo. Você mostra como a linguagem comum dos intelectuais já revela uma parcialidade que perversamente tende a favorecer a esquerda, clara evidência do domínio esquerdistas nos meios culturais.
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